A Câmara Municipal aprovou, por quatro votos a um, o relatório final da CPI da covid-19. A comissão, composta por cinco parlamentares, analisou as possíveis responsabilidades de órgãos públicos e privados diante da alta mortalidade pela pandemia em Itajubá.
No relatório final, apresentado pelo vereador Sebastião Silvestre (MDB), foi indicado que não houve omissão, negligência ou falha da prefeitura ou das instituições hospitalares no enfrentamento à pandemia, mesmo com a cidade tendo alcançado a marca de quase 423 óbitos pela doença e ter sido, durante certo tempo, o município com mais mortes pela covid-19 no Sul de Minas.
Em outro caso polêmico, o prefeito Christian Gonçalves (DEM) e o vice e secretário de Saúde, Nilo Baracho (Republicanos), defenderam o uso do tratamento precoce, que não tem comprovação científica.
O relatório final é fruto das reuniões da CPI realizadas nos últimos meses, e que ouviu representantes da administração municipal, dos hospitais e pesquisadores sobre o combate à pandemia em Itajubá. O texto final desagradou parte da comissão.
Diante do relatório, um dos membros da CPI, o vereador Pedro Gama (PV), pediu a prorrogação do prazo da comissão. Mesmo assim, o relatório final foi apresentado sem indicar um culpado para a alta mortalidade da doença na cidade.
Votaram a favor do texto, além do relator, os vereadores Marcelo Krauss (Progressistas), Kener Maia (PL) e Rafael Rodrigues (DEM). O voto contrário foi de Pedro Gama (PV).