O secretário de Cultura da prefeitura de Itajubá, Marcelo Nogueira de Sá, foi exonerado nesta quarta-feira (3) de seu cargo. Ele foi denunciado por vereadores ao Ministério Público após gastar R$ 94,6 mil com serviços de fogos de artifício que não foram utilizados. O caso aconteceu em dezembro do ano passado. Em seu lugar, assume Israel Gustavo Guimarães dos Santos, de forma interina.
A Secretaria Municipal de Cultura pagou, no dia 11 de dezembro de 2020, uma empresa para prestar serviços de shows pirotécnicos com fogos de artifício nas festividades de fim de ano que não aconteceram por conta da pandemia de covid-19. Diante da polêmica, os vereadores Pedro Gama (PV) e Andressa Daiany, do Mandato Coletivo Nossa Voz (PT), denunciaram o secretário.
O vereador Pedro Gama (PV) afirmou que o gasto aconteceu mesmo sem a realização de eventos festivos. “Além do pagamento ter sido feito antes das datas de Natal e Ano novo, sabemos que não tivemos festividades em 2020 por conta da pandemia”, conta.
Os vereadores afirmaram que essa não é a primeira denúncia que fazem com relação à suposta má gestão de recursos públicos pela secretaria de cultura, e afirmam que vão seguir apurando e cobrando providências dos órgãos competentes. O ex-secretário era alvo de queixas de membros do setor cultural que não se sentiam representados pelo responsável da pasta.
Para Pedro Gama, a exoneração não é a única medida que a prefeitura deve tomar. “Não queremos apenas a exoneração do secretário. Queremos que o dinheiro gasto indevidamente seja devolvido e que a cultura passe a ser efetivamente valorizada. Chega de gastos desnecessários com fogos de artifício”, afirma.
Já a vereadora Andressa Daiany, afirmou que espera que o novo secretário ouça as demandas do setor cultural. “Que nossas denúncias sejam investigadas, e se comprovadas, que os responsáveis sejam punidos. Que a pasta seja assumida por quem possa, efetivamente, dialogar com o setor”, disse.
Durante a polêmica sobre o que teria sido feito com o dinheiro para a aquisição do serviço, o líder do prefeito na Câmara Municipal, vereador Rodrigo Melo (Republicanos), afirmou que os fogos foram comprados e estavam armazenados no Teatro Municipal. O Corpo de Bombeiros foi chamado e identificou que a informação não era verdadeira. Até agora, a prefeitura não informou onde o dinheiro foi empenhado.