O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itajubá (Sispumi) anunciou nesta terça-feira (7) que os profissionais da rede municipal de educação entrarão em greve a partir da próxima segunda-feira (13). A paralisação durará por três dias e se estenderá até quarta-feira (15).
A categoria exige que o prefeito Christian Gonçalves (DEM) repasse boa parte do dinheiro arrecadado pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para reajustes dos salários pela inflação. Porém, para que o reajuste passe a valer, a prefeitura deve encaminhar um projeto de lei para a Câmara Municipal, o que não aconteceu.
O sindicato afirma que a prefeitura alega empecilho jurídico, e que por conta disso, o aumento salarial dos servidores da educação por conta da inflação não pode ser votado. Porém, a categoria garante que o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) não indicou qualquer problema.
Além disso, os professores cobram revisão do Plano de Cargos e Carreiras, que segundo o sindicato, está defasado e em absoluta desconformidade com a lei federal, o pagamento de férias e a reanálise de palestras agendadas sem aviso prévio para os profissionais.
Há cerca de duas semanas, o prefeito de Itajubá foi alvo de polêmica após criticar profissionais que exigiam aumento salarial pelas perdas da inflação. Em entrevista no rádio, ele disse que os trabalhadores, que são concursados, poderiam procurar outro lugar para trabalhar.
"Sinto muito, aqueles que não estão satisfeitos, que não ficaram felizes. Aí eu vou até além: aquela pessoa que hoje trabalha dentro da educação, que não está feliz, isso serve para todo lugar, como dentro da prefeitura. Se não está feliz, não está satisfeito, não fica lá não, gente. Isso faz mal para você. Pede conta, arruma um outro lugar para você trabalhar, onde você vai estar feliz", disse.
Depois, o prefeito se retratou em vídeo publicado nas redes sociais, mas alegou que sua fala foi usada de forma política por opositores. "Em algum momento da entrevista, posso ter me exaltado. Admito que não sou perfeito, sou um ser humano e também cometo falhas. Mas, algumas pessoas, de forma maldosa, por politicagem, recortaram trechos dessa entrevista e quiseram, com isso, depreciar e diminuir o trabalho que a gente vem desenvolvendo para a educação da nossa cidade", afirmou.