A cidade de Maria da Fé registrou um caso se pessoa contaminada com a variante ômicron do coronavírus. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) nesta quinta-feira (23).
Ao todo, 21 casos foram registrados no Sul de Minas, sendo 19 em Extrema (MG) e um outro em Três Pontas (MG). A Secretaria de Estado de Saúde informou que todos os pacientes estão bem e estão sendo monitorados. Em nenhum dos casos os pacientes precisaram ser internados.
Segundo informação divulgada pela TV Globo Minas, uma festa de confraternização em uma empresa de São Paulo teria sido responsável pela alta de casos em Extrema.
Ao todo, Minas Gerais tem 32 casos confirmados, sendo 21 no Sul de Minas e 11 em Belo Horizonte, dos quais oito foram confirmados apenas na quinta-feira (23).
De acordo com a Anvisa, ainda são necessários mais dados para saber se as infecções pela variante causam doenças mais graves ou mais mortes do que a infecção por outras variantes. Também não se sabe ainda se haverá reinfecções e infecções emergentes em pessoas totalmente vacinadas contra a covid-19.
A Anvisa já solicitou aos desenvolvedores de vacinas contra a covid-19 aplicadas no Brasil que avaliem o impacto da variante na eficácia de seus imunobiológicos. A princípio, acredita-se que as doses atuais devem proteger contra doenças graves, hospitalizações e mortes mesmo em casos de infecção pela ômicron, o que, segundo a agência, ressalta ainda mais a importância da vacinação completa e da dose de reforço, especialmente para os mais vulneráveis: idosos, indígenas, imunocomprometidos, pessoas com comorbidades e profissionais de saúde.
A agência informou que está acompanhando as discussões internacionais sobre o tema, sobretudo em relação a anticorpos monoclonais. Cientistas estão trabalhando para determinar o quão bem os tratamentos existentes para covid-19 funcionam em casos de infecção pela variante. A princípio, segundo a Anvisa, alguns tratamentos provavelmente permanecerão eficazes, enquanto outros podem ser menos eficazes.
De acordo com a agência, as máscaras faciais oferecem proteção contra todas as variantes da covid-19. Por esse motivo, a Anvisa continua a recomendar o uso da máscara, independentemente do estado de vacinação da pessoa. Até que se saiba mais sobre o risco da ômicron, é importante, segundo a agência, usar todas as ferramentas disponíveis para proteger a população.
Para melhor proteger a saúde pública, a Anvisa destacou a importância da ampliação da testagem e da vigilância genômica para rastrear variantes do Sars-CoV-2.
Até que se saiba mais sobre o risco da ômicron, a agência lembrou que é importante que se tenha tranquilidade e que se utilize todas as ferramentas disponíveis para a proteção individual e coletiva. A Anvisa reafirmou a importância da vacinação e da utilização de medidas não farmacológicas, como o uso de máscara, o distanciamento social e a higienização das mãos. Isso porque a covid-19 se espalha por meio do contato próximo com pessoas que têm o vírus, mesmo quem não apresenta sintomas.